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"A melhor idade é um saco!", decreta Elizangela

Diferente de sua personagem na novela A Força do Querer, a atriz não tem vocação para a tristeza. Ela conta como lida com o passar do tempo e admite se sentir abalada com as cenas de tensão ao lado de Juliana Paes

Por Tatiana Ferreira Publicado em 23/09/2017, às 18h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Elizangela decreta - "A melhor idade é um saco" - Fotos: Divulgação TV Globo
Elizangela decreta - "A melhor idade é um saco" - Fotos: Divulgação TV Globo
Energia é o que não falta a Elizangela. Com uma gargalhada contagiante, a atriz confessa que não tem vocação para tristezas. “Sou naturalmente feliz. Não me suporto de mau humor e nem gente assim ao meu lado. São pessoas chatas e de difícil convivência”, garante. Aos 62 anos e cheia de disposição, ela brinca ao dizer que não sente a idade que tem. “Lembro que, aos 20 anos, imaginava como seriam os 40 e 50 anos. Praticamente um pesadelo! Cheguei aos 60 e nem percebi”, se diverte. No entanto, fala sem hipocrisia sobre o passar do tempo. “Acho esta coisa de melhor idade, desculpa a palavra, uma puta de uma mentira. Melhor idade é o caramba! Porque quando está melhor de cabeça, sabe coordenar melhor a sua vida, nosso corpo começa a denegrir”, reclama a intérprete de Aurora, mãe de Bibi (Juliana Paes, 38), na novela  A Força do Querer (Globo), onde tem deixado os telespectadores sem fôlego com as cenas de angústia e desespero com o destino que a filha tem tomado junto a Rubinho, vivido por Emílio Dantas, 34.  
Na trama de Gloria Perez, a atriz é Aurora, mãe de Juliana Paes, a Bibi Perigosa
Sombra e água fresca 
Sem querer entrar em detalhes sobre sua vida sentimental, ela faz mistério ao ser questionada se está namorando ou não. “Ah, prefiro pular esta parte”, desconversa, saindo pela tangente. Depois de algumas “furadas”, a atriz aprendeu a duras penas a ter mais cuidado em suas relações. “Hoje confio mais no meu sexto sentido. Já entrei em muitas roubadas por não me dar ouvidos e fazer o que os outros queriam. Caí em uma grande furada”, lembra. Querendo paz e sossego, decidiu trocar um apartamento no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste carioca, por uma casa na região serrana do Rio de Janeiro. No início, amigos e familiares acharam que a decisão não duraria muito tempo. “Mudei em 2015 e estou adorando o barulho do silêncio. As pessoas acham que estar sozinha é sinônimo de infelicidade”, critica, complementando: “Sou sozinha. Nasci sozinha e aprendi isso ao longo da vida. Mas convivo muito bem comigo mesma. Fui de uma época que entrar em um restaurante era para ‘fazer vida’ e sendo artista então... Separei do pai da minha filha, Marcella (42), quando ela tinha 4 anos. Fim de semana em que estava sem ela, cansei de jantar sozinha”, conta. 
Buscando tranquilidade, ela trocou um apartamento na Zona Oeste do Rio por uma casa na serra
Casamento, jamais!
Independente e acostumada a comandar seus passos, Elizangela não cogita a possibilidade de, novamente, ter que dividir seu espaço com alguém. No entanto, admite a importância de ter uma pessoa com quem compartilhar os momentos. “Como já disse, não tenho medo de ficar sozinha, amo estar comigo mesma, mas é claro que preciso de companhia”, confessa.  Entretanto, com o passar do tempo, as prioridades vão se transformando, inclusive quando o assunto é sexo. “É diferente. Lógico que as coisas não são mais na mesma progressão e intensidade que eram. Acho até muito mais gostoso como é hoje porque é equilibrado. As coisas estão mais no mesmo nível”, reflete ela, idealizando o par ideal. “Procuro o companheirismo e a amizade daquela pessoa que sai junto, viaja. O sexo é o complemento de uma situação. Caminha junto, mas não é a peça principal. Até porque isso já fez a gente se enganar muitas vezes com sentimentos, achando que era um amor e era tesão. A maturidade me traz isso: colocar as coisas em seus devidos lugares.”
Sorridente e com uma gargalhada contagiante, confessa não ter vocação para tristeza. Pessoas de mau humor estão longe de seu convívio. “Sem a menor possibilidade. Elas são chatas e de difícil convivência”
Sentindo na pele
Com 54 anos de carreira, Elizangela comemora o momento especial. Na pele da sofrida Aurora, na novela das 9, admite dificuldades de livrar-se dos dramas vividos pela personagem, que sofre pela escolha da filha de seguir um caminho tortuoso ao lado de traficantes. “Estou absolutamente absorvida por esta personagem. Eu sou mãe, então, quando você olha uma situação desta, não dá nem para imaginar vivenciar esse negócio. E quando você pensa que isso é baseado em cima de um fato real, caramba!”, emociona-se. Humana e com sentimentos à flor da pele, a veterana acha impossível sair impune depois de gravar os dramas de Bibi, principalmente quando envolve Dedé (João Bravo, 8), seu neto na trama. “As cenas são intensas. Saio trêmula de dentro do estúdio porque o tempo todo é tensão. É uma gama de sentimentos e não tem como não se afetar”, admite a atriz, que pretende amadurecer a ideia de escrever sua autobiografia. 
Caio (Rodrigo Lombardi) também é um importante parceiro de cena