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"A gente se sente invisível em alguns momentos", dispara Adriana Lessa sobre racismo

A atriz retorna à telinha em 
Cidade Proibida e fala da importância da representatividade negra na arte

Por Daniel Lopes Publicado em 12/11/2017, às 17h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Adriana Lessa - Paulo Santos
Adriana Lessa - Paulo Santos

A escolha do cenário para a sessão de fotos da CONTIGO! não foi à toa: o Estádio do Pacaembu foi a primeira casa do Corinthians, time pelo qual Adriana Lessa, 46 anos, treinava futebol, vôlei, basquete, natação e atletismo durante a infância e adolescência. O saldo positivo dos anos dedicados ao esporte é visível: quem vê a Gracinda de Cidade Proibida (Globo) enxerga exatamente o mesmo rosto da Rita na reprise de Senhora do Destino, exibida originalmente 13 anos antes. “Ninguém passa nesta vida ileso, todos temos cicatrizes. Mas eu tento olhar a vida da melhor maneira. Cuido da alimentação, mas também dos pensamentos. O que ouvimos e falamos pode ser venenoso”, diz a atriz, revelando seu segredo de beleza.



Depois de passagens pela RedeTV!, SBT, GNT e HBO, Adriana dedicou os últimos anos à sua grande paixão: o teatro. Desde 2012, ela estrela Os Monólogos da Vagina, peça que já rodou o Brasil, além do musical Cartola – O Mundo é um Moinho neste ano, pelo qual recebeu uma indicação de Melhor Atriz Coadjuvante no Prêmio Bibi Ferreira, em outubro.“Fico mais no teatro do que em casa, muitas vezes chego a dormir lá para esperar o espetáculo no dia seguinte. Tenho tempo, sim, pra tudo, esta é a vida que escolhi”, comemora. “Seja nos palcos ou na TV, o importante é estar sempre em movimento”, opina.

A indicação ao prêmio teve um gostinho especial. Adriana festeja o reconhecimento e, principalmente, a representatividade de ter seu nome entre as nomeadas. “Na sociedade, a crueldade é muito grande. A gente se sente invisível em alguns momentos. Existem pessoas que são excluídas e é importante ter esta visibilidade e este protagonismo. Eu não me via representada como negra na mídia. Existe uma questão de pertencimento, só me sinto parte de algo se me enxergo ali. É preciso continuar resistindo”, declara.
Solteira, Adriana ainda sonha encontrar o companheiro ideal e, quem sabe, construir sua própria família. “Tenho vontade, sim. Posso adotar uma criança, talvez”, sugere. “É importante encontrar pessoas que valorizem o que você tem de melhor. Quero poder encontrar um homem que seja companheiro, que aceite quem eu sou e não queira mudar a Adriana, apenas me ajudar a melhorar. Quando for pra acontecer, acontecerá”, conclui ela, que se define em uma ótima fase pessoal e profissional.