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Celso Dossi / CELSO DOSSI

Celso Dossi fala sobre Pink Money: ''Muitos querem, poucos merecem''

''Pense bem antes de tentar tirar proveito dos gays'', diz nosso colunista

Redação Contigo! Publicado em 06/09/2018, às 16h36 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

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Celso Dossi: Madonna e o Pink Money - Getty Images
Celso Dossi: Madonna e o Pink Money - Getty Images

Quem acompanha esta coluna sabe que ela não foi criada para criticar celebridades, muito pelo contrário. Não exponho a vida de ninguém e nem faço fofocas. Viver já é difícil para todos, tendo fama ou não. Por que eu iria dificultar a vida de alguém ainda mais? Porém, como o foco aqui são os assuntos que estão bombando nas redes e a relação deles com os famosos, não poderia deixar de falar sobre isso. Não citarei nomes, não apontarei dedos.

Na verdade, espero que este texto até ajude alguns artistas a repensarem suas atitudes. Entendam como um puxão de orelha. Pink Money é nome que se dá ao poder de consumo dos LGBTs, uma parte da população que consome mais, viaja mais, compra mais. Só para vocês terem uma ideia, estima-se que o Pink Money movimente 3 trilhões de dólares por ano no mundo. Haja político corrupto para desviar tamanha quantia. E como dinheiro não tem sexualidade e nem gênero, o Pink Money é cobiçado por todos. Mas quantos realmente o merecem? Declarações homofóbicas podem abalar para sempre a carreira de um artista.

Depois não adianta fazer clipe tascando um beijo gay, forçar o uso de gírias ou reverenciar o nicho da boca para fora. #MADONNA, por exemplo, que é considerada o maior ícone LGBT de todos os tempos, nunca precisou apelar. Vivia rodeada de amigos gays, levantava a bandeira sem pensar em marketing e defendia os direitos e as lutas do movimento. Tudo isso nos anos 1980 e 1990, quando a homossexualidade era um assunto praticamente (e ainda!) proibido. Aliás, a rainha do pop comemora 60 anos de idade este mês. E 34 de sucesso. Graças a quem? Manter-se relevante no meio artístico sem a simpatia deste público? Impossível, pois ele é o mais fiel de todos. Idolatra, sobe hashtags, defende seus ídolos com unhas e dentes.

O recado que fica é: pense bem antes de tentar tirar proveito dos gays, apelar para este público quando a maré está baixa ou dar declarações ofensivas. Assim como dinheiro, respeito é bom e a gente gosta